Thursday, December 30, 2010
Wednesday, November 03, 2010
Os ceejays (ou, deveríamos dizer, os jotacês)
Monday, October 11, 2010
Wednesday, September 15, 2010
The mainstream press
Monday, September 13, 2010
Leite ou sangue
Thursday, September 02, 2010
Pubblico di merda
A good Mann (isn't that hard to find)*
Wednesday, August 25, 2010
Uma rã é uma rã é uma rã
Thursday, August 19, 2010
Nota marginal #2
Wednesday, August 18, 2010
Nota marginal (?) a um visionamento de The Last Airbender
Tuesday, August 03, 2010
Citius altius fortius
O vídeo dos anos 90 e o filme a preto e branco (ou simplificando, o vídeo e o cinema) ficam ambos despojados de efeitos de relevo. Preocupação de “realismo”, eventualmente nostálgico? Admito. Mas as entrelinhas são mais significativas: como não ver nessa escolha uma espécie de “decreto” pelo qual o “state of the art” tecnológico cede, novo-riquisticamente, à tentação de decidir o que é in-modernizável, impassável a 3D, e está, portanto, ultrapassado? Mais: como não ver, nesse decreto, a fixação de uma fronteira temporal estanque que define os objectos que servem e os que já não servem? Obviamente, Toy Story 3 é um objecto que serve, e é por isso que a ressonância é desagradável: vindas do lado de fora, as declarações de obsolescência têm uma dignidade que nas vindas de dentro – do “lado certo” da fronteira temporal – se transforma em mero exercício de poder (esmagador).
É um das coisas cansativas do cinema – ou de algumas maneiras de falar de cinema – na actualidade. Tornou-se uma corrida (e nem tem só a ver com tecnologia) e até a linguagem com que se fala de cinema está cada vez mais parecida com a dos comentários desportivos. O mais caro, o mais visto, o mais rentável, citius, altius, fortius, como aferição transposta para domínios (o estético, por exemplo) que não são aferíveis assim. É um fenómeno essencialmente internético: uma “perspectiva evolutiva” baseada em coisa nenhuma mas estupidamente assertiva. Os realizadores “superam” o que “já foi feito” e deixam “novos marcos” que eles mesmos, ou outros, um dia “superarão” – como se as palavras usadas para falar, por exemplo, sobre o Christopher Nolan (outro fenómeno internético por excelência) se tivessem tornado as mesmas com que se fala do Carl Lewis ou do Usain Bolt. No desporto, os records e os “marcos” apagam-se de facto uns aos outros, e os “marcos” superados deixam de existir, desaparecem (quem se lembra dos 9.93 do Calvin Smith?). Toy Story 3 apaga Toy Story 1, ou tem só vergonha de, agora que já vai nos 9.58, ser confundido com o tempo dos 9.93? Como explicar que no cinema – que é uma questão de memória – os 9.58 não “superam” os 9.93, e que o cinema – por ser uma questão de memória – é os 9.58 e os 9.93? Que o cinema tem certamente uma história tecnológica mas não se reduz a ela nem a uma sucessão de “marcos” progressivamente “superados”, e que, antes pelo contrário, o que interessa nele são os objectos únicos, que por o serem resistem à camisa de forças da “evolução” e excluem a necessidade, ou a possibilidade, de serem “superados”? Como explicar, em suma, que qualquer random Griffith dos anos dez permanece… “insuperado”?
Saturday, June 26, 2010
Tuesday, June 01, 2010
Reinventar
Mas acontece que de vez em quando quer-se mesmo implicar isso. Por exemplo, a frase que há um par de horas (três pessoas na sessão das 00.30 no King) me habita o espírito : “Em Noite e Dia Hong Sang-Soo reinventa o zoom”. Isto começa por ser uma maneira hiperbólica – em certas situações o exagero é uma forma de justiça – de elogiar o sentido do reenquadramento óptico em Hong Sang-Soo, e depois quer mesmo dizer que Hong Sang-Soo é melhor que o tipo que inventou os zooms, e que com ele o zoom se torna uma coisa melhor. Conduzindo a justiça hiperbólica a um paroxismo, diria mesmo que poucas vezes, desde o Era Notte a Roma com que Rossellini se tornou o primeiro tipo a reinventar o zoom ainda mal o zoom tinha sido inventado, o zoom se tornou numa coisa tão boa.
Um blog está morto a partir do momento em que o que é preciso justificar é a presença e a não a ausência, e quando um tipo não consegue escrever um post sem se imaginar a passar por uma introdução deste tipo. Mas são 5 e tal, boa hora para blogues zombies, estou em frente ao computador por obrigações profissionais, e de qualquer maneira eu estas coisas escrevo-as em questão de minutos, que não adiantam nem atrasam a todos aqueles que estão à espera que eu termine certas tarefas, nem pesam sobremaneira no meu sentimento de culpabilidade por ainda não as ter terminado.
Thursday, February 04, 2010
Fuga para a vitória
Sunday, January 31, 2010
Se isto são os "leitores"
É por este pseudo-intelectualismo e deprimência pessoal do critico que não ligo às criticas do Publico. Tal como dito por outros, o critico deve ser parcial e tentar perceber que nem toda a gente é entendida em cinema, e muito menos a tentarem induzir o espectador num comentário no mínimo ultrajante que tem todo o intuito de deitar abaixo o filme. Sinceramente não concordo absolutamente nada com o que escreveu e devo dizer que as suas palavras revelam unicamente frustração profissional da sua parte. Critico que se preze sabe separar o trigo do joio dependo do contexto em que este se insere. Deixe de se armar num pseudo.intelectual que tenta engatar ''miúdas'' com o seu vocabulário ''caro''. Não impressiona, só dá vontade de rir.
" "Anticristo" não é um filme feito para se ver, é um filme feito para se falar sobre ele. Oferece a cana, o anzol e o isco: tem imenso para "interpretar", fará furor em sessões com "debate". " Esta frase resume muito bem a minha opinião acerca deste Anticristo. E como para mim os filmes são feitos para se ver, este Anticristo parece-me de todo um filme falhado. Queria no entanto deixar aqui uma nota muito negativa à crítica do Sr. Luís Miguel Oliveira. Penso que um crítico de cinema não escreve nem para si (ou só para si) nem para um nicho de pessoas que percebem de cinema. Escreve sim para pessoas que gostam de cinema. Nesse sentido é gritante a falta de preocupação que esta crítica tem em tornar-se perceptível - já nem falo em ser cativante (como um qualquer bom trabalho jornalistico deve ser). Afinal os criticos ainda têm um papel importante em levar as pessoas ao cinema a ver um determinado filme ou não. Mas para isso é importante que as críticas sejam claras e, sim, cativantes.
Eu que costumo dizer mal de tudo, nunca vi ninguém dizer tão mal de um filme. Lamento a sua falta de profissionalismo, mas louvo a comédia que aqui evidenciou na sua critica. Simplesmente divinal. Mas confesso que o monte de treta que aqui escreveu, serve essencialmente para mostrar que a dada altura foi seu desejo ser profissional do mundo do cinema. Ás tantas não conseguiu. Que outra razão haverá para falar de forma tão autoritária das técnicas utilizadas em ''Anticristo''? Só pode ser isso. Tenho pena do seu pretensiosismo rebuscado, e pseudo-intelectualismo barato, que roça por si só, a valente vontade de destruir por completo esta obra. Todos têm direito á sua opinião, contudo, um bom critico não deve nunca, mas nunca, influenciar um leitor á margem de não ter sequer vontade de ver um filme. Quem é o senhor para impedir quem quer que seja de ter a sua opinião sobre um filme, uma vez que quem ler isto não vai ter sequer vontade de ouvir o titulo ''Anticristo''?! Um critico tem acima de tudo uma responsabilidade social, uma vez que partilha os seus pensamentos com outros ao publicar o seu artigo. Isto é fascismo puro! Vá ver o ''Laço Branco'', caso não tenha visto, e aprenda alguma coisa com os miúdos do filme. O senhor é o Anticristo dos críticos. Cumprimentos Mandylorianos.
Goste-se ou não se goste do modo como ele escreve (e eu não gosto), o texto do Luís Miguel Oliveira exprime a opinião dele sobre o filme. A maior parte dos comentários que aqui leio limitam-se a deitar abaixo o texto sem explicar o que é que quem os escreve achou do filme (se é que o viu). Parece que estavam à espera de um texto de que não gostassem para lhe cairem em cima, exactamente como acusam o Luís Miguel Oliveira de fazer, refugiando-se por trás do anonimato em argumentos que já não convencem ninguém. Em vez de ler comentários que propusessem outras opiniões sobre o filme, só temos insultos de treinadores de bancada que nem sequer se identificam, que não dizem nada sobre o filme, que só dizem mal do texto e do crítico (e que só aparecem quando é ele que escreve, curiosamente). Para citar o inenarrável sr. de Almada, que comentadores são estes?
Vi o "Anticristo" mais como um teste à minha sensibilidade do que outra coisa qualquer. Chocou-me sim, tanto, que a música do início ficou algum tempo a soar na minha cabeça, como uma má recordação de alguma coisa que não cheguei a perceber o que era, pelo pouco que extraí deste filme.
Como sempre o senhor Luís miguel Oliveira a escrever uma crónica anacrónica e irrelevante denominada pela máxima "dantes é que era bom". Que crítico é este?
Estes críticos portugueses estão cada vez melhores. Se o filme fosse francês já lhe davam 5 estrelas. Enfim, não há mesmo palavras. Por isso é que não vale a pena ler as críticas dos supostos "especialistas" portugueses em cinema. Especialistas, esses sim, são muitos dos bloggers portugueses que conseguem ser parciais nas suas críticas. Há que ter mente aberta meus amigos. Eu sei que gostam muito de cinema europeu, eu também, mas há que saber ver tudo.
Suponho que o "Luís Miguel Oliveira" nunca tenha ouvido falar de "pós-modernismo"... talvez se devesse informar, pois é um conceito relevante para sequer se começar a compreender a obra do von Trier. Sem ser a obra-prima do dinamarquês, "Antichrist" é um bom filme repleto de motivos de interesse. Não estamos em 1975?... Bem, para alguns de nós a magia do Cinema é este ser intemporal. Ainda hoje para mim foi 1964 com "Kwaidan" do Kobayashi. Para outros, haverá "Avatar" (a versão 3D com os óculos 3D...) ou qualquer outro produto descartável que marque os sinais dos tempos.
Quanto à critica só tenho um comentário a fazer..."deplorável"...as expressões de latim destinadas a transparecer uma imagem séria não disfarçam a falta de imparcialidade e o saudosismo bacoco em relação a modelos antigos e ultrapassados que o autor da critica demonstra ter, e é incompatível com a seriedade que um critico do cinema deve ter. "Maus" são muitos dos filmes que passam em certos canais da televisão portuguesa a partir das 14h. "Maus" são filmes de fim do mundo, que estoiram orçamentos milionários e tudo para repetir fórmulas de efeitos especiais já mais que vistas. Um filme que tenta inovar e apresentar algo de novo pode ter as suas falhas, agora um filme ser considerado "mau" por ser "diferente" creio que se trata de um insulto para quem ama o cinema. Os meus cumprimentos para todos os cinéfilos!
Saturday, January 23, 2010
Angel face
Sur Rohmer
à propos de la mort en douce d'éric rohmer, on peut d'ores et déjà remarquer une chose: seuls ses acteurs lui ont été fidèles, témoignant humblement de ce qu'il leur avait appris, avec une intelligence et une modestie qui forcent l'admiration ....
PS. la mort de rohmer permet enfin d'en finir avec l'hérésie fondatrice du cinéma de bresson , ce sublime aveuglement qui lui fit tenir le théâtre comme seul responsable de tous les maux du cinéma, alors qu'il aura été -de loin- le plus génialement théâtral des cinéastes, depuis ses deux films inauguraux, les anges du pêché (incursion sublime dans le porno mizoguchien), et les dames du bois de boulogne (contamination du récit par une intrigue parallèle sado-lesbienne)... rohmer se sera plutôt attardé, de biais, sur les perversités des petites filles modèles, bresson s'en tenant à un érotisme plus frontal, plus balthusien, mais tout ça n'aura été au fond que théâtre, sublime théâtre, et rien de plus ....