Se a imagem de síntese chegasse agora como o sonoro chegou, creio que o deixaria [ao cinema]. Tentaria durante algum tempo, não conseguiria, perderia a vontade e deixa-lo-ia. Não me sinto, em absoluto, um igual de todas essas pessoas que trabalham com máquinas que lhes permitem acreditar que estão a fazer alguma coisa. É como o Minitel: dois anos depois, quando se tem problemas com a namorada, o Minitel não serve para nada. No entanto, gosto muito de máquinas. Quando acabei as Histoire(s) du Cinéma fui dizer "obrigado" a cada máquina, até mesmo aos botões intermitentes. Não tenho nada contra os japoneses por fazerem máquinas, aborrece-me é o que eles fazem com elas. Façam filmes com imagens de síntese à vontade, mas não contem comigo para escrever o guião... Como dizia Rostand, as teorias vão e vêm mas uma rã continua a ser uma rã...
JLG, há muitos muitos anos, duma galáxia far far away, cada vez mais far, cada vez mais away.