É naquele breve, brevíssimo (um segundo? um segundo e dois décimos?) plano do rosto de Myriem Roussel, que faz uma expressão entre o pânico total e o horror absoluto, aliás num dramatismo "expressionista" (passe o pleonasmo), totalmente estranho à norma do cinema de Godard, é nesse plano, dizia eu, nesse noli me tangere que se segue ao momento em que o namorado Joseph avança com a mão para lhe tocar no ventre, que Je Vous Salue, Marie se torna definitivamente e sem retrocesso no mais religiosamente feminino dos filmes.