Em pouco menos de dez anos terei vivido tanto tempo neste século quanto vivi no século anterior, mas suspeito que continuarei a manter com o século XXI a mesma relação que um passageiro clandestino mantém com o transatlântico em que embarcou à sorrelfa: uma mistura de ansiedade e vergonha, a vergonha de quem sabe que não devia estar ali, a ansiedade de quem sabe que já não há barco nenhum onde devesse estar.
Que é que isto tem a ver com a morte do Charlie Watts? Nada. E tudo. Mas tomai e comei, este é o meu tempo.