I Shot Jesse James, o primeiro Fuller, em DVD numa noite destas. A memória, de facto, plays tricks (julgava que era daqui um certo e determinado plano subjectivo e afinal não é, e agora, de onde raio é?, dammit) – mas não era esta a nota que queria passar a escrito. Antes esta: que I Shot Jesse James, na sua passagem do conforto do mito à sua inabitabilidade (porque o mito se tornou um “mito negro”: é o covarde Robert Ford, o seu reflexo está por todo o lado, tornou-se teatro e tornou-se canção), da família à orfandade, de um pai que se mata (Jesse James) a um pai que mata (Kelley) – que I Shot Jesse James, dizia, me pareceu o ponto de ligação (que alguém poderia defender ser, eventualmente, antes uma des-ligação) entre Ford e Ray.
(John Ireland, psicologia feita esgar, podia, por sua vez, ligar Peter Lorre a John Derek ou James Dean – ideia talvez mais discutível, e até acessória, mas bastante entusiasmante num contexto de “política de actores”).