The Prisoner of Shark Island, de John Ford, sobre o médico que prestou assistência ao fugitivo John Wilkes Booth, começa imediatamente a seguir ao assassinato.
The Plainsman, de Cecil B. DeMille, mostra Lincoln e a mulher a jantarem em casa, depois saem e despedem-se de alguém dizendo que "vão ao teatro". Corte, e no plano seguinte Lincoln já morreu.
Em 2011, um filme de Robert Redford (chamado de The Conspirator, estreia em breve) gasta uma penosa e totalmente inútil meia-hora a filmar, em "suspense" (!) desenxabido, a noite do assassinato de Lincoln.
Ora isto acontece porque:
Hipótese A: Ford e DeMille eram cineastas geniais e Redford, hum, não é um cineasta genial.
Hipótese B: em 1936, o espectador-tipo sabia quem era Lincoln e o que lhe tinha acontecido, enquanto em 2011 o espectador-tipo, hum, precisa da história (da História) bem explicadinha ou mesmo a americana vira chinesa.
Penso que A e B não se excluem mutuamente, e estou razoavelmente seguro de que não há uma hipótese C.