And yet, following the initial screening of Film Socialisme, Godard was repeatedly referred to by the mainstream press as irrelevant, obsessive, bitter, solipsistic, out of touch with the world, relentlessly and tediously indecipherable; he was charged by The Telegraph with “blathering opacity,” and with having a message both contemptuous and empty. (Todd McCarthy’s distressingly moralistic Indiewire review surely remains the most repulsive.) Fancy that for a work that urgently, if experimentally, addresses contemporary global politics, rampant technological and aesthetic change, environmental and ecological catastrophe, cultural amnesia, and our culture of trash, vulgarity (Ryan Trecartin anyone?), consumption, and fractured communication, the inevitability of growing old, and the perpetually relevant theme of sport, with exalted mental athletics outweighing physical ones. (daqui).
Ler isto em relação com o clip de há dois posts (e vinte e tal anos) atrás em que Godard fala do "inimigo" e o define como uma "cultura". O "inimigo" e a sua "cultura" são tão fortes que até neste belo texto de Andréa Picard (publicado na melhor revista de cinema em língua inglesa da actualidade) se nota o seu poder de condicionamento: aquele "if experimentally" da sexta linha, tão defensivo, tão justificativo, é uma cedência (quase um lapsus linguae, significativo por isso mesmo) ao autoritário moralismo estético (e depois, mais do que estético) da "mainstream press". Da "mainstream press", dos "mainstream blogs", da "mainstream tv" - de qualquer maneira, são os mesmos em todo o lado. "It's the culture"...