Tarantino prepara um remake de Hiroshima Mon Amour. Passa-se inteiramente num sushi-bar situado numa área de serviço da auto-estrada Tóquio-Quioto e tem como protagonistas (para além de um Datsun 120 Y e de um Toyota Celica dos anos 70) um ex-actor japonês de filmes de artes marciais e a sua amante, uma americana negra, professora universitária especialista em sex studies que aproveitou um programa de intercâmbio entre universidades para passar uma temporada no Japão e cicatrizar uma dolorosa história de amor (com um redneck de Calcutta, Tennessee) que acabou mal.
O diálogo leit-motiv do filme será: “You didn’t see shit in Hiroshima, maddafucka”.
(Agora a sério, e pensando concretamente na crónica de hoje de EPC, parece-me que a questão da "cultura" ou da falta de "cultura" de Tarantino é muito pouco importante; além de que estas coisas mudam: durante décadas disse-se de Hitchcock algo muito semelhante; que era brilhante, sim, mas frívolo, oco, eventualmente "pouco culto")